Hoje tive a oportunidade de conhecer o pessoal da The Viral Factory - http://theviralfactory.com/, agência britânica de marketing que está prospectando aqui no Brasil (“acompanhamos a movimentação das redes sociais no Brasil, vocês são grandes no Twitter, e queremos saber como aproveitar isso”). Eles tem trabalhos muito bons, focando em Social Media marketing (que é como eles chamam Viral Marketing). Eles tem mais ou menos 10 anos de mercado, com clientes grandes como Samsung, Ford e Skype, fazendo seus próprios vídeos (não contratam agência por uma questão de custos e melhor controle do resultado) e fazendo também a divulgação e seeding.
O mais legal que ouvi hoje é a relação deles com formadores de opinião, blogueiros e afins. NÃO SE FAZ POST PAGO, não se paga pela opinião do blogueiro, pra começo de história. O que se faz é um tipo de acordo comercial em que o que se paga é o destaque do post, como comprar mídia (banners e afins). Ah, e somente os blogs não ligados a jornalistas, os considerados independentes, é que recebem esse acordo – se o blog é de algum veículo não há grana no meio. Eles consideram tanto a qualidade quanto a quantidade do seeding – pode ser feito com blog tier 1, 2, 3, mesmo que com menor audiência, mas que seja relevante ao assunto, e paralelo a isso manda-se o vídeo ou campanha pra algum blog de grande circulação ou audiência, mesmo que não ligado ao assunto, mas que pode aumentar bastante a visibilidade. O exemplo que ele dá é de sites na Inglaterra que recebem muitos visitantes da China, da Rússia... grande volume, mas baixa qualidade de audiência. É pra viralizar mesmo.
Outra coisa que também não pode na Inglaterra é ghost writer. Defender uma marca ou produto nas redes, e no final das contas, você foi contratado pra isso, ou você trabalha pra essa empresa. Isso é contra a lei.
O seeding é um capítulo à parte, principalmente no que se refere a segmentos. Se o seu produto é de tecnologia, você fala com blogs e formadores de opinião de tecnologia. É eles quem você convida pra participar, e não tem porque convidar sempre os mesmos formadores, independente do produto a ser divulgado. Prática bastante diferente do mercado brasileiro, não é mesmo?...
Eles não são agência de PR. Se preciso, trabalham a divulgação do cliente também com um agência. Quando fazem a divulgação por lá, usam ferramentas de mensuração conhecidas por nós, como Radian 6, Viral Heat, Twitter Search... E os principais KPIs deles são baseados em Engagement (comentários + visualizações + likes) e Sentimento (curtir). Não é porque um vídeo teve um boom de visualizações que ele é bem sucedido – é preciso analisar num todo. Eles confiam bastante no trabalho com blogs, acham que é uma mídia forte, e Twitter / Facebook / YouTube são suporte ou caminho para blogs.
Seguem alguns exemplos de campanhas que fizeram. A campanha de Ford repercutiu inclusive em TV, num programa de auto de lá (tipo o Auto Esporte). A campanha de Skype teve o desafio de falar bem de vídeo conferências sem usar inglês, pois seria uma barreira linguística para uma campanha global. E as campanhas de Samsung eram um desafio à parte: falar de um celular concorrente de iPhone e falar para público específico de TI ou B2B. Mais detalhes das campanhas também podem ser vistos no site da agência.
Alguns cases da agência:
Samsung SSD - http://www.youtube.com/watch?v=96dWOEa4Djs
Skype - http://www.youtube.com/watch?v=p32OC97aNqc
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